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Lançada plataforma virtual que permitirá fortalecer o intercâmbio entre países sobre alimentação escolar

Atores-chave dos países da região participaram do evento regional que apresentou o site da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES).

Brasília, 11 de novembro de 2021 – A Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES) lançou sua plataforma virtual durante evento regional no dia 10 de novembro, com a participação de autoridades e técnicos de vários países da América Latina e do Caribe. O site – www.redraes.org – é uma ferramenta que permitirá aumentar o intercâmbio de informações sobre alimentação escolar, promovido pela Rede há anos. 

A plataforma RAES estará disponível nas próximas semanas em três idiomas – inglês, português e espanhol – e terá espaço para notícias, eventos, treinamentos, publicações, fórum de diálogo e depoimentos de participantes da RAES e de suas atividades. 

Atualmente, a Rede RAES conta com a participação de 21 dos 33 países da ALC em suas atividades. E a expectativa é obter o compromisso de mais países com o fortalecimento dos programas de alimentação escolar em nível regional, que hoje atendem 85 milhões de alunos na América Latina e no Caribe. 

A voz de quem promove a RAES

O seminário foi organizado pelo Governo do Brasil, por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), por meio do projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar em ALC. 

Segundo o Diretor-Geral da ABC/MRE, Embaixador Ruy Pereira, os passos dados pela RAES nos últimos anos impulsionam a Cooperação Brasil-FAO para um compromisso ainda maior como iniciativa regional. “Queremos concretizar este compromisso coletivo assinando uma declaração conjunta, que já partilhamos com todos os países, e que se baseia no direito à educação e a uma alimentação adequada e saudável”, afirmou Pereira. 

Por sua vez, o Diretor de Ações Educacionais do FNDE/MEC, Garigham Amarante Pinto, destacou que o lançamento da plataforma RAES reforça a aliança entre os países. “Na última década, tivemos a satisfação de observar a evolução do processo de implementação e aprimoramento dos programas de alimentação escolar em países que enfrentam desafios semelhantes”, disse, destacando a autonomia financeira e a capacidade de manter a sustentabilidade econômica dessa política pública. 

Para a coordenadora do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do FNDE/MEC, Karine Santos, a entrega da plataforma é um marco para a política de alimentação escolar na região, destacando também as ações já desenvolvidas pela RAES, como como o curso Vida Saudável, que capacitou milhares de profissionais de diversos países da América Latina. “Esperamos que com esta plataforma possamos entregar uma ferramenta que promova a integração, a comunicação e o melhor diálogo entre os países”. A coordenadora propôs ainda a criação de um grupo de trabalho para acompanhar as ações da Rede. 

O Representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, destacou que a Rede irá longe a partir de um grande compromisso dos parceiros envolvidos. Acrescentou que a RAES fortalecerá três elementos que considera importantes para os programas de alimentação escolar: cobertura, qualidade e continuidade. Da FAO Mesoamérica, o Oficial de Nutrição e líder técnico do projeto de alimentação escolar da Cooperação Brasil-FAO, Israel Ríos, apresentou um panorama da alimentação escolar no contexto da transformação dos sistemas alimentares, destacando a evolução de vários países da região que fortaleceram seus programas de alimentação escolar por meio de marcos legais e da metodologia das Escolas Sustentáveis. 

Representando os países do projeto na região, a Ministra da Educação de El Salvador, Carla Hananía, enfatizou o papel da alimentação escolar como uma política transcendental para a região, que tem 117 milhões de crianças em idade escolar. Ela destacou a importância da implementação de marcos legais que garantam o direito humano à alimentação adequada, “um processo que foi liderado pelo Brasil”, frisou. Segundo a ministra, “a Cooperação Brasileira e a RAES são parceiros estratégicos para consolidar a qualidade dos programas de alimentação escolar na América Latina e no Caribe”. 

Cecília Malaguti, gerente técnica da Cooperação Sul-Sul Trilateral com organismos internacionais da ABC/MRE, destacou a importância de se fortalecer e consolidar cada vez mais os avanços alcançados nos últimos anos na região, destacando o comprometimento das instituições durante o processo. Também comentou sobre a necessidade de “discutir uma estratégia para que possamos estruturar, consolidar e garantir definitivamente a sustentabilidade da Rede. Isso será fundamental para ampliar ainda mais todos os resultados que já alcançamos nesta caminhada”. 

No encerramento do evento, Najla Veloso, coordenadora do projeto de alimentação escolar da Cooperação Internacional Brasil-FAO, comentou que a plataforma RAES vai simbolizar, concretizar e facilitar o trabalho em curso na região para fortalecer a qualidade, o quadro institucional e a expansão da programas de alimentação escolar. “A partir desta plataforma vamos abrir caminhos e traçar estratégias conjuntas. O grupo de trabalho apontado por Karine Santos será a grande primeira ação da plataforma virtual RAES.” Em síntese, a coordenadora disse que, simbólicamente, a constituição de uma rede representa um esforço coletivo para promover interconexões, intercâmbios e avanços diante dos grandes desafios da atualidade. 

Uma rede para alimentação escolar

A RAES foi criada em 2018 pelo Governo do Brasil, com o apoio da FAO, para fortalecer a capacidade dos gestores e promover o intercâmbio de experiências sobre programas de alimentação escolar entre os países da região. Desde sua primeira reunião, a Rede conta com a participação de vários países: Argentina, Belize, Bolívia, Bahamas, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia e São Vicente e Granadinas. 

A criação da Rede levou em consideração a experiência de mais de seis décadas do Brasil em alimentação escolar, país cujo programa tem ampla cobertura, beneficiando, diária e universalmente, 41 milhões de alunos. A Rede também considerou a experiência de cooperação técnica internacional acumulada há mais de dez anos pelo projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e Caribe, como parte das ações do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.