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Sessão virtual discute educação alimentar e nutricional no Caribe

80 pessoas de países do Caribe participaram da atividade

Brasília, 5 de dezembro de 2022 – Cerca de 80 profissionais de diferentes países do Caribe participaram da primeira sessão de uma série de seminários com foco em programas de alimentação escolar resilientes e sustentáveis. A iniciativa é realizada em conjunto pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pela Cooperação Internacional Brasil-FAO e pela Iniciativa México-CARICOM-FAO.

A primeira sessão teve como foco a educação alimentar e nutricional (EAN) e contou com profissionais e experiências exitosas de Brasil e México. O ciclo de sessões é resultado de uma colaboração conjunta entre a FAO, o Sistema Nacional para o Desenvolvimento Integral da Família (SNDIF) do governo do México, por meio da Iniciativa México-CARICOM-FAO: “Cooperação para Adaptação e Resiliência à Mudança Climática no Caribe”; e a Cooperação Técnica FAO-Brasil: “Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe”.

Na abertura do evento, Renata Clarke, Coordenadora Sub-regional da FAO para o Caribe, agradeceu a todos os participantes e parceiros e destacou o otimismo da região com os programas de alimentação escolar e seu potencial para a segurança alimentar e nutricional. “Devemos viabilizar fóruns e espaços de discussão, reflexão, aprendizado e intercâmbio para apoiar o fortalecimento dos PAEs”, afirmou.

Ele também defendeu a necessidade de “fortalecer e transformar os PAEs do Caribe em programas que mudem hábitos alimentares, ofereçam alimentos saudáveis ​​e nutritivos adquiridos de agricultores locais e estimulem a colaboração com o setor privado e promovam a coordenação intersetorial e interinstitucional”.

José Alfredo Galván, Diretor de Desenvolvimento Social, Humano e Sustentável da Agência Mexicana de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AMEXCID), discutiu a importância de fortalecer as capacidades das pessoas, instituições e atores. “Pretendemos continuar colaborando ativamente com a FAO, as nações caribenhas e o governo brasileiro nestes esforços compartilhados em uma questão tão delicada como a alimentação escolar resiliente”.

Francisco Mesa Durán, responsável pela Direção Geral de Alimentação e Desenvolvimento Comunitário do Sistema Nacional para o Desenvolvimento Integral da Família (SNDIF), também reconheceu que ter espaços para trocar experiências com agências da ONU e com diferentes países é fundamental. “Ter esse tipo de oportunidade de troca de experiências é essencial. Cada uma dessas oportunidades nos permite abrir nossa visão para os problemas que temos”.

Débora Bosco da Silva, Coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil, executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), apresentou os marcos regulatórios dessa política, destacando que a instituição está aberta para continuar colaborando com os países da região.

Paola Barbieri, analista de projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), disse que o foco da instituição é apoiar o desenvolvimento das capacidades dos países parceiros, contribuindo para a busca de soluções a partir de seus próprios processos de desenvolvimento. “E os programas de alimentação escolar são um dos principais temas dessa cooperação”, disse. “Estas sessões foram cuidadosamente pensadas para proporcionar reflexões que vão ao encontro da realidade e dos desafios que todos vivemos.”

Experiências

O evento contou com três experiências de educação alimentar e nutricional. A primeira foi sobre o estado de Yucatán, no México, mostrando casos de gestão do desperdício de alimentos e das caravanas ‘fome zero’, impulsionadas por uma estratégia de diretrizes alimentares. A comunicação e as campanhas foram apresentadas como duas estratégias fundamentais para promover o consumo alimentar sustentável.

A segunda experiência também foi do México, da região de Tabasco, que designa diversos promotores comunitários com o objetivo de realizar ações de orientação alimentar nos municípios e disseminar conhecimento. De grande relevância foi uma iniciativa do Teatro de Mascotes, que focou na sensibilização para a alimentação e saúde de crianças pré-escolares e escolares, ensinando temas como grupos alimentares, práticas de higiene na alimentação, gestão do lixo e reciclagem. As hortas escolares também são utilizadas na região para promover a segurança alimentar e nutricional e a proteção ambiental.

A terceira e última experiência foi sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Brasil, com detalhes das ações de educação alimentar e nutricional desse programa, que atende diariamente 41 milhões de estudantes de escolas públicas no país.

Próximas atividades

A segunda sessão será sobre a vinculação da alimentação escolar com os pequenos agricultores locais, no dia 6 de dezembro, e a última terá como foco a governança e os marcos regulatórios e legais da alimentação escolar, que acontecerá no dia 28 de fevereiro.

Link para inscrição:

https://fao.zoom.us/meeting/register/tJEqf-qurzwtHtKq_XiOZk-8OSa7rfZ9K68d