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Alimentação escolar é destaque em evento paralelo da Assembleia Mundial da Saúde

Apresentação destacou a experiência da Cooperação Brasil-FAO e detalhou as características de um programa de alimentação escolar sustentável

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Santiago de Chile, 30 de maio – O projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe, executado no marco da Cooperação Internacional Brasil-FAO, foi destaque nesta quarta-feira, 26 de maio, em um evento híbrido paralelo à Assembleia Mundial de Saúde, realizado em Genebra, na Suíça. A organização da iniciativa foi da entidade Bloomberg Philanthropies em parceria com a Universidade de Cambridge, do Reino Unido. O evento trouxe experiências exitosas internacionais em temas como a criação de ambientes saudáveis no setor público, especialmente nas escolas, taxações em bebidas e comidas pouco saudáveis, regras sobre rótulos de alimentos e restrições de marketing desse tipo de produto para crianças.

Por meio do projeto são promovidas diversas atividades junto aos países, entre elas missões internacionais, assessoramento técnico e cursos de capacitação de profissionais que trabalham com temas ligados à alimentação escolar. As informações compartilhadas e construídas em conjunto têm, ao longo dos últimos 14 anos, contribuído para a disseminação de visão da alimentação escolar sustentável como um elemento fundamental do direito à alimentação saudável e adequada. A iniciativa é executada conjuntamente pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE) pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Najla Veloso, coordenadora do projeto, detalhou as ações da Cooperação Internacional Brasil-FAO em alimentação escolar desde o ano de 2009, com destaque para o fortalecimento e a consolidação dessa política pública nos países da América Latina e Caribe. Agregou ainda que a política de alimentação escolar tem feito grande diferença para reduzir a insegurança alimentar global. “Temos a possibilidade de, dentro das escolas, atingir 20% da população do planeta. Somente no  Brasil, aproximadamente 41 milhões de estudantes são atendidos todos os dias por essa política“. Além disso, vale mencionar os milhões de estudantes que têm nessa a principal ou única refeição do dia.

A coordenadora acrescentou ainda que um programa alimentação escolar de qualidade e sustentável considera a necessidade de se oferecer alimentos nutricionalmente adequados, saborosos, balanceados, variados e culturalmente pertinentes. “Não há alimentação saudável sem frutas, verduras e legumes, de preferência adquiridos localmente da agricultura familiar, estimulando circuitos curtos de produção e promovendo o desenvolvimento territorial local“. Outra referência também aprendida com o programa brasileiro é a importância da  implementação de ações de educação alimentar e nutricional, a institucionalização da participação social (como os Conselhos de Alimentação Escolar – CAE no Brasil) e a designação de percentuais de recursos públicos para compras da agricultura familiar. 

Sobre a importância de programas sustentáveis de alimentação escolar, enfatizou: “Além de ser uma política para garantir  o direito humano à alimentação adequada, impacta em toda a cadeia alimentar, na produção, no consumo, na entrega, na cultura alimentar, criando um modelo de produção sustentável e garantindo a estabilidade entre o urbano e o rural“, disse. “Seguramente, a alimentação escolar é uma política transversal com impactos na saúde, na agricultura, na educação e na economia local, que incide  na redução da pobreza e da insegurança alimentar, inclusive  em períodos de crises“.

Na plateia estiveram ministros de Estado e funcionários de alto nível de Argentina, Uruguai, Barbados, Etiópia e Nigéria, além de representantes da Índia, Indonésia, Jamaica, Cazaquistão, México, Paquistão, África do Sul e Vietnã.

Conteúdo publicado no website da Cooperação Internacional Brasil-FAO