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Promoção do consumo de alimentos locais, saudáveis ​​e nutritivos entre estudantes de Santa Lúcia para gerar mudanças positivas no estilo de vida

1. ANTECEDENTES

Santa Lúcia tem a maior taxa de doenças não transmissíveis per capita em todo o mundo, sendo a diabetes a mais prevalente, resultando em muitas amputações entre sua força de trabalho qualificada. Crianças em idade escolar a partir dos 7 anos foram diagnosticadas com diabetes, dependentes de insulina nesta idade. Apesar do diagnóstico, ainda não há mudança no estilo de vida da população para reverter essa doença. Os jovens são maiores consumidores de fast foods [frango e batatas fritas, hambúrgueres, rins assados, etc.] do que alimentos cultivados localmente. Os anúncios de alimentos e lanches altamente processados ​​são projetados para atingir esse grupo vulnerável. O ambiente escolar contribui para um consumo muito elevado desses lanches industrializados pelos estudantes.

O Ministério da Educação incentiva e promove o uso e consumo de mais frutas e alimentos locais para o programa de alimentação escolar: coma o que você planta. Os estudantes também são incentivados a se envolver mais nas hortas escolares para promover o uso de alimentos cultivados localmente.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU se concentram na pobreza, fome zero, boa saúde e bem-estar. O Programa de Alimentação Escolar em Santa Lúcia é um Programa de Rede de Segurança muito importante, direcionado a 7.747 estudantes vulneráveis ​​em 80 creches, escolas primárias e de educação especial, fornecendo-lhes café da manhã e uma refeição quente e nutritiva todos os dias.

2. Atividades desenvolvidas

O Departamento de Educação, com o apoio da FAO, organizou uma série de Feiras de Nutrição de novembro de 2019 a janeiro de 2020 nos 8 distritos educacionais da ilha. Os objetivos fundamentais foram educar a população escolar sobre as Doenças Não Transmissíveis entre as crianças, para promover uma alimentação saudável, que se deve traduzir em mudanças positivas no estilo de vida.

Em colaboração com o Ministério da Saúde [Oficiais de Nutrição], a Associação de Diabéticos de Santa Lúcia, os Estudantes e os Diretores das Escolas de cada Distrito, o Departamento, através da Unidade de Alimentação Escolar, organizou uma série de Feiras de Saúde em toda a ilha destinado a mais de 200 participantes em cada distrito.

3.Metodologia

As atividades, que foram realizadas em colaboração com os distritos, ocorreram durante a corrida distrital anual da qual participaram estudantes de escolas do distrito. A faixa etária foi de 6 a 12 anos. Este foi um momento oportuno para envolver estudantes, professores e pais nesta campanha.

Os Oficiais de Nutrição forneceram aos estudantes opções de lanches locais mais saudáveis ​​e mostraram os benefícios de consumir esses alimentos com demonstrações de shakes no local incorporando frutas locais. Sanduíches com frutas e produtos locais foram preparados e distribuídos aos estudantes e participantes. Também foram apresentadas informações nutricionais sobre os alimentos. Os Nutricionistas demonstraram, por meio de gráficos, os efeitos negativos do consumo desses alimentos altamente processados.

Com a colaboração de um vendedor, foi proporcionada uma experiência com um chef que fez demonstrações ao vivo com peixes locais. A Diabetes Association realizou uma amostra aleatória de triagem de diabetes entre o público. Folhetos foram entregues aos participantes detalhando doenças não transmissíveis.

Os participantes foram muito receptivos às informações fornecidas sobre doenças não transmissíveis e os muitos usos de frutas locais como substitutos mais saudáveis.

Embora o Ministério da Saúde tenha implementado com sucesso a eliminação da venda de refrigerantes em todas as escolas, outros sucos embalados são vendidos no campus para os estudantes. Lanches pré-embalados e fast foods substituíram os lanches locais. Os diretores são incentivados a preparar lanches saudáveis ​​para conter a espiral de doenças não transmissíveis. Quando existem programas de alimentação escolar nas escolas, as cozinheiras recebem treinamento contínuo com o objetivo de preparar opções de refeições mais saudáveis ​​que incorporem alimentos locais em vez de alimentos processados.

4. Instituições e atores envolvidos

  • Ministério da Saúde
  • Ministério da Educação
  • Associação Diabética
  • FAO

5. Dados Quantitativos e Qualitativos

  • 200 participantes em cada distrito da ilha – 1600 em toda a ilha
  • Um total de 700 estudantes participaram dos testes de pressão arterial. Registros normais foram exibidos para todos os estudantes que fizeram o teste aleatoriamente.

6. Descrição dos beneficiários

  • Estudantes, homens e mulheres, desde a primeira infância, centros de educação primária e especial.
  • Professores e diretores

7.Resultados

Apesar dessas feiras de saúde e das informações prestadas, ao retornar ao ambiente escolar, os estudantes estão recorrendo a lanches pré-embalados, altamente processados ​​e sucos com sabor artificial, de fácil acesso e mais baratos. Os pais também acham mais fácil pegar e embalar lancheiras com esses itens em vez de fazer lanches mais saudáveis ​​com frutas locais.

Essas iniciativas destacam e promovem a importância do programa de alimentação escolar, a relevância do consumo local, melhores hábitos alimentares e opções de alimentação mais saudáveis. Promover alimentos cultivados localmente por meio desse tipo de atividade é uma estratégia muito importante para aumentar o consumo, conscientizar e promover um ambiente escolar mais saudável. O consumo de alimentos cultivados localmente reduz a conta de importação e a dependência de produtos estrangeiros; cria uma oportunidade para os agricultores expandirem a produção e a qualidade das lavouras para atender às demandas do país.

Pais e filhos escolhem seus alimentos com base na renda, acesso e disponibilidade, por isso é crucial apresentar essas opções saudáveis ​​alternativas a preços acessíveis e prontamente disponíveis. A implantação de hortas escolares tem apresentado resultados interessantes entre os estudantes. Quando os estudantes participam dos processos agrícolas [preparo da terra, plantio e colheita], demonstram maior valorização e desejo de consumir os produtos.

As crianças passam uma parte considerável da sua vida na escola, pelo que o ambiente escolar e a oferta disponível terão um papel crucial na definição dos seus hábitos alimentares. Promover dietas mais saudáveis ​​também é promover uma geração mais saudável, o que precisa ficar claro. Para que isso funcione, é muito importante que haja coerência entre a alimentação oferecida pelas escolas e aquela oferecida fora do perímetro escolar, com refeições e lanches não saudáveis.

8. Avanços

Apesar dos muitos desafios enfrentados com a implementação de políticas para fortalecer as atividades em andamento, a Unidade alcançou muitas conquistas até agora:-

•Promoção do Programa de Alimentação Escolar.

•Oferecer treinamento aos cozinheiros na preparação de refeições saudáveis ​​para os estudantes.

• Proibição de refrigerantes e bebidas açucaradas nas escolas.

•Concursos de culinária entre estudantes do ensino médio com produtos locais.

•Participar das atividades do Dia Mundial da Alimentação

Participe de atividades locais que promovam os alimentos locais [festival da manga, festival da banana].

•Promoção de hortas escolares.

•Promoção de lanches saudáveis ​​e bebidas locais em atividades esportivas [feiras de saúde].

9. Desafios

Santa Lúcia pode trabalhar para alcançar as metas traçadas pela FAO trabalhando em colaboração com outros ministérios e organizações para superar esses desafios que impedem nosso progresso.

•Atraso na implementação de políticas que irão melhorar o programa de alimentação escolar.

•Venda de refrigerantes fora do perímetro escolar.

•Influência externa dos vendedores com a venda de alimentos e salgadinhos não saudáveis.

•Falta de criatividade dos cozinheiros na preparação das refeições apesar da formação.

•Falta de pessoal para manter as hortas escolares e espaço para iniciar as hortas.

•Os pais continuaram a fornecer lanches pré-embalados em vez de lanches caseiros.

•Exclusão de disciplinas-chave nos currículos da escola primária [economia doméstica e agricultura].